domingo, 3 de fevereiro de 2008

Camilo Pessanha

Partilho convosco um poema de
Camilo Pessanha que me faz bem e que
já me acompanha a algum tempo...

de referir que quem mo enviou,
foi uma pessoa bem especial...
para a voa voa um bj grande...


A boémia não morreu,
Eis-nos com cabelos brancos;
E, todavia, os Barrancos
Do seu destino e do meu,

Se nos quebraram as pernas,
As asas não as partiram,
Em que altos sonhos deliram
As nossas almas eternas.

Depois de tantos baldões,
deverá ter-se ido a fé
temos tido pontapé
das mais caras ilusões…

E não morre a mocidade!
Após enganos, enganos…
Pois só daqui a cem anos
Choraremos de saudade?



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